Dra. Cristiane Pertusi Psicóloga e Coach

ARTIGOS

Troca de papéis no convívio familiar

 Após a revolução feminista os papéis femininos e masculinos foram mudando e a mulher passou a ocupar outros espaços sociais o que gerou na mulher uma demanda maior e mais complexa. Porém percebe-se que ao desempenhar esses papéis sociais mais amplos como o trabalho, a mulher começou a ter êxito e realização e isso a fez sentir-se mais confortável frente a essas demandas, em especial no contexto profissional.

Problemas quanto às inversões de papéis podem ocorrer quando o casal não consegue administrar de maneira positiva, como uma opção e combinação conjunta. Quando a situação de inversão é imposta por circunstâncias como perda de emprego do marido essa situação momentânea vira permanente, mas sem uma conversa clara do casal isso pode tornar-se um problema pelas expectativas implícitas de ambos quanto ao papel que cada cônjuge deve ter.
O Casal ao formar-se possui expectativas um em relação ao outro, algumas explícitas, outras implícitas e até inconscientes, sendo essas últimas quando não percebidas, originárias de conflitos. Toda e qualquer mudança no contexto familiar e conjugal que gere conflitos em excesso, tensão, afastamento afetivo e até comportamentos agressivos senão forem conversados pelo próprio casal através de diálogos e combinações claras deve ser motivo para buscarem algum tipo de auxílio Psicoterápico Individual, Familiar ou de Casal.
Não há problema em se ter convivência maior com um dos pais, mas não pode a presença do pai ser total e haver a ausência da mãe. Na verdade é importante um equilíbrio entre as presenças de ambos para que os filhos tenham um melhor desenvolvimento biopsicossocial.
O casal precisa ter uma boa comunicação a respeito de quais atividades vão ser compartilhadas, quais vão ser de um ou de outro e como eles se tornarão ambos presentes nos cuidados físicos, psíquicos e sociais na rotina com os filhos vão cada um assumir.
As interações familiares mais saudáveis precisam ter uma comunicação clara, ser flexível frente às mudanças, promover os cuidados biopsicossociais dos filhos, ser capaz de proteger e elaborar conflitos. O Casal deve conseguir fazer combinações práticas e realistas quanto aos impactos das mudanças e sempre que possível comunicar de uma maneira clara e no caso dos filhos, comunicar de maneira lúdica e com uma linguagem adequada a faixa etária o porquê e como as mudanças vão ocorrer na rotina da família.
Sempre é importante buscar dar uma conotação positiva para as mudanças e possíveis dificuldades, mas demonstrar que juntos a família poderá se adequar a todas as situações desde que haja comunicação clara.